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Fotos: Daniel Lellis Siqueira

O Jogo do Folclore

Após passarem pelo temível leão Tibério, que guardava a sala secreta do dono do circo, três palhaços encontram uma caixa com bonecos, acompanhada de um velho manuscrito no qual se lê o nome de uma brincadeira: “O Jogo do Folclore”.Essa brincadeira os leva a contar as lendas e mitos, utilizando os bonecos e muita imaginação.

O Jogo do Folclore é um musical infantil, que utiliza a linguagem do palhaço popular e do teatro de bonecos para narrar estórias do folclore brasileiro.

A ambientação acontece num circo, no qual a narração se dá não somente pela oralidade, mas também pelas pantomimas dos palhaços, pelas músicas que conferem uma função épica e pelas danças, que traz as particularidades das várias regiões brasileiras.

Percebendo a distancia atual que se encontra o universo infantil da simplicidade das brincadeiras de roda, narração de estórias e jogos coletivos e acreditando na importância dessas manifestações no contexto da criança, criamos o espetáculo e pesquisamos com cuidado os temas e eixos educacionais e artísticos para aproveitar da melhor forma as tradições, as cores, sons e formas de um Brasil rico e pouco difundido.

Galeria de Fotos

SINOPSE COMPLETA

 

O Jogo do Foclore é uma mistura de várias narrativas presentes nas lendas e mitos folclóricos.

Três palhaços são contratados para cuidar do circo enquanto o domador de feras, que é o dono do circo está fora. Ao invés de cuidar do circo, decidem olhar o que o domador guarda na sala protegida por Tibério o Rei dos leões.

Depois de quase serem engolidos por Tibério, os palhaços finalmente conseguem chegar à sala.

Encontram uma caixa com fantoches e tem a ideia inventar um jogo, no qual cada um deve contar as estórias do Folclore Brasileiro com os fantoches e acessórios que encontrarem e que a imaginação permitir.

O jogo é aceito por todos e assim começa a ser contada a primeira estória, a de Naiá, uma índia apaixonada pela lua.

Os três palhaços vão montando as estórias e experimentando como é estar na pele de um narrador.

Contam a estória do Boto Cor de Rosa, peixe mágico que em noites de lua cheia, transforma-se em homem conquistador. A palhaça rompe a cena, dizendo que não acredita nessa estória de paixão pelo Boto, mas acaba ficando apaixonada também. O encanto acaba quando a lua vai embora e o homem volta a ser peixe.

Em seguida surge o Boi-Tatá, cobra de fogo, encontrada nas matas brasileiras e que se alimenta dos olhos dos bichos. A índia Naiá, personagem da primeira estória, vendo que o Boi-Tatá só estava atrás de reconhecimento, tenta convencê-lo de que não deve colocar fogo na mata e sim protegê-la, obtendo mais êxito nos seus propósitos. Ele aceita o conselho e sai decidido a proteger a natureza.

Os palhaços dançam a catira, o boi bumbá, e se divertem com as várias manifestações folclóricas.

Um deles tem a ideia de representar um caçador que deseja caçar o boto cor de rosa. A índia Naiá observa tudo e decide ajudar o seu amigo. Para tanto, precisa de uma força especial, o Curupira. Ele dá um susto no caçador que foge com muito medo, deixando o Boto livre.

A lua surge e Naiá, aproxima-se de um lago, no qual vê a imagem da lua refletida nas águas. Apaixonada pela lua tenta alcançá-la, acabando por afogar-se. A palhaça Alegria fica inconformada com a estória de Naiá, que estava sendo contada por Chiquito e diz que não concorda com a morte da pobre indiazinha. Xereta pede paciência pra Alegria e pede para que o deixe contar o resto da estória. Ele explica ao público que a lua não quis que a indiazinha se afogasse e transformou-a numa estrela das águas, conhecida por todos como Vitória Régia.

Os três palhaços ouvem um estalo de chicote. O Dono do circo se aproxima. Os três se despedem do mundo encantado que tiveram o prazer de conhecer.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

 

Apesar da ciência e tecnologia estarem cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, o estudo do folclore é fundamental para caracterizar a formação cultural de um povo e de seu passado, além de observar a cultura popular presente, pois o fato folclórico modifica-se de acordo com sua época.

O folclore liga-se a vários estudos e áreas: na música, artes cênicas, plásticas e literatura, dá o caráter nacionalista; na educação física por meio de jogos e danças, proporciona ritmo, agilidade e sociabilidade; na história auxilia por meio do conhecimento popular, dando significação aos fatos; na geografia determina que o clima e fatores físicos de uma região influenciam na formação cultural de um povo; e em diversas outras áreas, serve como complemento e material de pesquisa.

Dessa forma, a proposta em O Jogo do Folclore é transmitir o Folclore Brasileiro por meio do teatro, que tem alto teor pedagógico e pode auxiliar nas mais diversas áreas e estudos com seu caráter psicológico, social e prático, além de estimular a criança na melhor compreensão de sua comunidade, a partir de ensinamentos de inestimável valor que a peça apresenta.

O espetáculo O Jogo do Folclore, objetiva contribuir para a formação cultural e patriótica de nossas crianças.

 

PROPOSTA DE ENCENAÇÃO

 

Na busca de uma estética que auxiliasse o espetáculo no seu objetivo de informar e divertir, tendo o folclore como foco central; tomamos como fio condutor o Palhaço Popular, resgatado nas figuras presentes nos reisados, autos e folguedos Brasileiros.

Por meio da técnica do Palhaço Popular, a encenação ganha dinâmica de jogo e sustenta a ação, ora pela interação dos palhaços com as crianças, ora pela manipulação de bonecos ou ainda com bonecos interagindo com os palhaços.

Os palhaços desde o começo do espetáculo interagem com a plateia e fazem uma checagem de conhecimentos prévios acerca do tema.

As figuras de Mateus, Bastião e Catirina, palhaços populares encontrados no “Cavalo Marinho”, auto e brincadeira típica da Zona da Mata Norte de Pernambuco, nos inspiraram nos trejeitos cênicos dos personagens Alegria, Chiquito e Xereta de O Jogo do Folclore.

Mateus, Bastião e Catirina originam dos já conhecidos Arlequim, Colombina e Briguela da Comédia dell’arte.

Pesquisamos o Cavalo Marinho por estar mais próximo da realidade e conteúdo popular brasileiro, e juntamos o Cavalo Marinho/Comédia dell’art com a figura do bonequeiro, utilizando a realidade mambembe das encenações do Circo-Teatro, como pano de fundo da encenação, contando até mesmo com uma cena, composta de forma melodramática.

Os mecanismos da cena são expostos em vários momentos da peça, assim como a manipulação de bonecos.

A preparação para narrar a estória com a visível colocação de objetos no cenário, transformando-os em personagens ou acessórios pretende criar um diálogo dos atores com o cenário, com as coreografias e mesmo com encenação, criando uma realidade mais próxima a das crianças, a do jogo dramático infantil, onde não há limites para a recriação da vida.

ASPECTOS TÉCNICOS DO ESPETÁCULO

 

O CENÁRIO é composto por quatro araras cobertas por panos. De um lado composta por uma colcha de retalhos e de outro pela pintura de um teatro.

É um cenário de fácil montagem, se adaptando a várias realidades que uma companhia mambembe pode encontrar, desde um teatro propriamente dito até o pátio de uma escola ou uma praça.

Possui um mancebo com vários acessórios e figurinos e a caixa colorida, na qual os palhaços encontram os bonecos.

O TEXTO propõe várias narrativas que são contadas utilizando bonecos do tipo fantoche/mamulengo.

Utilizamos Técnicas de Palhaço Popular, que nos possibilita intervir e brincar livremente com a platéia e técnicas de improvisação, adquiridas no estudo da teatróloga Viola Spolin entre outros.

 

O espetáculo tem DURAÇÃO de 60 minutos.

 

As MÚSICAS são executadas ao vivo, por um músico, um percussionista e cantadas pelos atores com auxilio de microfones.

O espetáculo pode ser realizado com ILUMINAÇÃO simples, mas na possibilidade da utilização de recursos específicos de iluminação (conforme descrito no mapa de luz), a luz acrescenta efeitos lúdicos ao espetáculo.

 

Necessitamos de 90 minutos para a MONTAGEM do cenário e 45 minutos para DESMONTAGEM.

FICHA TÉCNICA

 

Texto e Direção Rodrigo Ximarelli

Direção Musical Daniel Lellis Siqueira

Percussão Hamilton Ferreira

Elenco Douglas Lima, Lucas Barbugiani e Shanny Segade

Coro de Palhaços: Lucas Pedroso, Luana Tonetti e Dimas Stecca

Desenho de Luz Dimas Stecca

Técnica de Som e Luz Vanessa Macedo

Cenografia Rodrigo Ximarelli

Figurinos Márcio Laguna

Visagismo Gil Oliveira

Coreografias Dimas Stecca

Faixa Etária A partir de 2 anos

Vídeos

O Espetáculo "O Jogo do Folclore estreou em 2009, tendo se apresentado em dois festivais no ano seguinte e reestrenado em Agosto de 2014.

O espetáculo já realizou mais de 100 apresentações em escolas, clubes, associações, Sescs e Fábricas de Cultura.

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